quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O vendedor de sonhos



- Sim, sou vendedor de sonhos
Confuso, Júlio César, por alguns momentos, pensou que o homem que estava diante de si fosse um vendedor ambulante. Ou um vendedor de ações da bolça. Mas, com aquelas idéias, parecia impossível. Curioso, questionou-o.
- Como assim? Que produtos você vende?
- Eu procuro vender coragem para os inseguros, ousadia para os fóbicos, alegria para os que perderam o encanto pela vida, sensatez para os incautos, críticas para os pensadores.
Júlio César, num rompante de orgulho, lembrando-se do tempo em que se sentia um deus por ter vasta cultura acadêmica, disse consigo: "Não é possível! Estou tendo um pesadelo. Acho que já morri e não percebi. Num momento eu queria tirar minha vida porque estava preso no novelo dos meus conflitos. Noutro, estou mais perturbado ainda porque estou diante de alguém que me resgatou e diz que vende o que é invendável. Vende o que todos procuram mas não existe nos mercados". E, para sua surpresa, o estranho completou:
- E para os que pensam em pôr um ponto final na vida, procuro vender uma vírgula, apenas uma vírgula.
- Uma vírgula? - Perguntou, confuso, o sociólogo.
- Sim uma vírgula. Uma pequena vírgula, para que eles continue a escrever sua história.

Trecho do livro do O vendedor de sonhos criado por Augusto Cury.
Livro que terminei de ler faz alguns dias, um romance inteiramente intelectual, recomendo.